sábado, 20 de fevereiro de 2010

As oliveiras do Abade Correia da Serra

Este texto é o primeiro de uma série de três, relativos às oliveiras (Olea europaea L.) da cidade de Serpa, localidade pródiga em antigos exemplares desta espécie.

Este lindíssimo conjunto de três oliveiras situa-se em redor da estátua em homenagem ao botânico e diplomata do século XVIII, o Abade Correia da Serra, fundador da Academia das Ciências de Lisboa.

Inclui dois exemplares classificados individualmente desde 2001, que se encontram ao lado direito (imagens 2 e 3) e ao lado esquerdo da estátua (imagens 4 e 5).


Imagem 1 - aspecto do conjunto

Trata-se de árvores com cerca de dois milénios, transplantadas para este local em 1978, que apresentam um porte significativo no que refere ao perímetro do tronco.

O exemplar da direita apresenta um assinalável crescimento da copa a qual, provavelmente, não deverá ter sofrido podas significativas nos últimos anos.


Imagem 2 - oliveira do lado direito


Imagem 3 - oliveira do lado direito

Pelo contrário, o exemplar da esquerda perdeu grande parte da sua copa, aparentando um estado mais débil relativamente aquele que ostentava aquando da sua classificação.


Imagem 4 - oliveira do lado esquerdo



Imagem 5 - oliveira do lado esquerdo

Existe uma terceira árvore, por detrás da estátua, cujo tronco, para além de um perímetro assinalável (mas praticamente impossível de medir devido à sua posição), apresenta uma forma característica e fora do comum, tendo torcido sobre si mesmo, como se vê nas imagens 6 e 7. Este espécime não está classificado, embora se trate de uma árvore lindíssima e com uma forma única, para além de ser muito antiga .


Imagem 6 - oliveira a trás da estátua


Imagem 7 - oliveira a trás da estátua

As medidas destas três árvores são as seguintes:

Oliveira ao lado direito da estátua:
PAP = 6,90 m
Altura = 8,5 m
Diâmetro máximo da copa = 12,10 m
Diâmetro médio da copa = 11,60 m

Oliveira ao lado esquerdo da estátua:
PAP = 5,30 M

Oliveira atrás da estátua:
P(base) = 7,34 m

Nota: Estas duas últimas árvores não apresentam copa ou altura significativas.

Pode localizar este conjunto de árvores na fotografia de satélite do Wikimapia.

2 comentários:

jose camoes disse...

E pena que apenas uma das arvores esteja realmente viva,porque duas delas são arvores novas plantadas ao lado do tronco morto das velhas arvores

Fátima Amaral disse...

Discordo dessa afirmação.As oliveiras,tal como os teixos possuem esta forma singular de se autoremoçarem,fazem crescer na base do seu tronco uns rebentos,a que o povo dá o nome de "mulatas",que chegam a fundir-se com a própria árvore,que volta a vicejar.

Não conheço as oliveiras em causa,mas não me parece que gente reputada classificasse de "SER VIVO",árvores já mortas.